quarta-feira, 29 de março de 2017

HOLAMBRA

           MUNICÍPIO DE HOLANBRA ESTADO DE SÃO PAULO
                         EU FUI O RESPONSAVEL PELO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA/PERFURAÇÃO DE POÇOS TUBULARES PROFUNDOS (POÇOS ARTESIANOS)DE UMA EMPRESA QUE TINHA 15 DEPARTAMENTOS. ENTRE OUTROS "PAPEL DE IMPRENSA - MÁQUINAS GRÁFICAS - EQUIPAMENTOS CIRÚRGICOS - REPRESENTAVA COMERCIALMENTE NO BRASIL MOTORES DE POPA ARQUIMEDES - A SAAB FABRICANATE DE AERONAVES (SCANDIA FROTA DA ANTIGA VASP) E OUTROS...
                         COMECEI A TRABALHAR NO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA COMO APRENDIZ, E 4 ANOS APÓS, JÁ ERA O RESPONSAVEL PELO DEPARTAMENTO NA FILIAL DE SÃO PAULO. PERMANECI NESSA EMPRESA POR CERCA DE 34 ANOS. O MEU SETOR OPERAVA COM 22 SONDAS PERFURATRIZES, COBRINDO O ATENDIMENTO AO ESTADO DE SÃO PAULO, SUL DE MINAS (TRIÂNGULO MINEIRO), NORTE DO PARANÁ, MATO GROSSO (NA ÉPOCA ERA UM SÓ ESTADO)ATENDIA AINDA O PARAGUAI E BOLIVIA. ACOMPANHEI A   PERFURAÇÃO DE APROX. 500 POÇOS. A COLOCAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTAVEL A INDUSTRIAS, PREFEITURAS, HOSPITAIS, HOTEIS, ESCOLAS ETC. PELO ALTO VALOR DO INVESTIMENTO E IMPORTÂNCIA, ERA SEMPRE TRATADA POR REPRESENTANTE RELEVANTE DO INTERESSADO.
            SEMPRE TIVE FACILIDADE DE RELACIONAMENTO, FATO QUE LEVOU MUITAS VEZES OS "CLIENTES" SE TORNAREM AMIGOS PESSOAIS. VIVENCIEI TAMBÉM FATOS INUSITADOS E ATÍPICOS. UM DESSES FATOS ADIANTE PASSO A NARRAR: NA DÉCADA DE 60 (NÃO CONSIGO PRECISAR O ANO) ESTAVA NO ESCRITÓRIO DA EMPRESA E CHEGARAM DOIS HOLANDESES, ACOMPANHADOS DE UM ADVOGADO INTÉRPRETE. NARRARAM QUE ERAM REPRESENTANTES DO GOVERNO HOLANDES E DEVIDAMENTE AUTORIZADOS PELAS AUTORIDADES BRASILEIRAS, PRETENDIAM INSTALAR EM DETERMINADA ÁREA, UMA COMUNIDADE AGRÍCOLA VISANDO ACOMODAR MIGRANTES CULTIVADORES DE FLORES. ADIANTARAM QUE ESTAVAM INTERESSADOS EM DUAS FAZENDAS LOCALIZADAS EM CAMPINAS E QUERIAM UM ESTUDO DE VIABILIDADE NA PERFURAÇÃO DE POÇOS PARA ABASTECER UMA POPULAÇÃO DE APROXIMADAMENTE 3000 PESSOAS.APRAZEI PARA DENTRO DE DEZ DIAS UM NOVO ENCONTRO, QUANDO APRESENTARIA O ESTUDO DE VIABILIDADE E PREVISÃO DE CUSTOS. NO ENCONTRO SEGUINTE MOSTREI O ESTUDO E PREVISÃO DE CUSTOS PARA A IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA. DEPOIS DE CERCA DE APROX.30 MINUTOS, TEMPO QUE FICARAM FALANDO EM HOLANDES, ME SOLICITARAM QUE ELABORASSE UM CONTRATO EM NOME DE "FAZENDAS REUNIDAS HOLAMBRA S/A (EM ORGANIZAÇÃO). ESCLARECI QUE NÃO ERA POSSIVEL UMA VEZ QUE A FUTURA EMPRESA AINDA NÃO POSSUIA O "CGC" PORTANTO NAÕ EXISTIA LEGALMENTE. MAIS UM BATE PAPO EM HOLANDES, E A SEGUIR ME PERGUNTARAM QUAL O CUSTO EM DOLARES. CALCULEI E INFORMEI. NESSE MOMENTO NÃO CAI POR ESTAR SENTADO. UM DOS HOLANDESES COLOCA SOBRE A MESA UMA VALISE QUE PORTAVA, ABRE E COMEÇA A COLOCAR PILHAS  DE NOTAS DE DOLARES NA MINHA FRENTE, PARA ANTECIPAR O PAGAMENTO. PASSADA A SURPRESA, CHAMEI O CAIXA DA EMPRESA PARA RECEBER OS VALORES E APRESENTAR O RECIBO. OS SERVIÇOS FORAM REALIZADOS COM AMPLO SUCESSO E OS HOLANDESES COMEÇARAM A IMPLANTAÇÃO DA COMUNIDADE. HOJE PASSADOS MAIS DE 50 ANOS, O QUE ERA UMA FAZENDA VIROU MUNICÍPIO. O MUNICIPIO DE HOLAMBRA HOJE É UMA PRÓSPERA CIDADE PRODUTORA DE FLORES (TULIPAS) E PLANTAS ORNAMENTAIS. POSSUI UM AMPLO PARQUE PARA VISITAÇÃO E VENDA DE FLORES.A MAIORIA DOS HABITANTES É DE ORIGEM HOLANDESA, E PROVAVELMENTE DESCONHECEM ESSE DETALHE DE SUA ORIGEM.
SÃO PAULO 27 DE MARÇO DE 2017
OSWALDO SANSONE RODRIGUES

segunda-feira, 24 de março de 2014

AMIGA SECRETA NATAL 2013

                            AMIGA SECRETA      
     
                    Querida Neta Luiza
  1.     Do profundo vazio de minha atual existência, minha alma abriu uma janela. Dessa  janela  vejo  um  lindo céu de azul intenso.  Nesse céu há 10  estrelas e bem distante mais uma de grande luz iluminando a todas  e  chegando  até  mim,  proporcionando-me  uma enorme e infindavel paz interior.  Dessas onze  estrelas a mais distante é o Espirito de  nossa querida  Vó Elza. A mais próxima  e  minha querida neta caçula Luiza. Você.   Todas as  estrelas desse  nosso  céu têm para mim o mesmo grande valor e importância.   Aqui  e agora o foco  é  você, minha  Amiga  Secreta. Você e eu  somos os dois extremos de nosso segmento familiar. Lu,você, é obvio, é a mais antiga e eu, lógico, o brotinho... há há há... Essa  posição  de Neta Caçula, é  definitiva e não virão novos netos. Virão (espero) bisnetos e bisnetas pois com 82 anos espero ser bisavô... Como é queridos netos?   Vamos  deixar  de  lado   essas  barriginhas tanquinho  ou essa postura  de Neto Solteirão? Vamos agir garotada... Por outro lado, também, Vocês Pais/Mães, não querem ser avós? Cara de avós Vocês já têm.... E também  não adianta pensar  "Não brinca Pai" - "Seu Oswaldo!"  E tem gente por ai com cara de Tio avô,de Tia avó. Lu, você possui um sorriso meigo, e olhar profundo. Nunca  vi você brava, mas  como todos, também  de ter seus momentos...   Querida Lú: Feliz Natal. Paz - Luz - Sucesso.  Um beijo no seu coração, do Vô que muito A ama OSWALDO     25 DE DEZEMBRO DE 2013   NATAL DE 2013

sábado, 1 de fevereiro de 2014

LIÇÃO DE ECOLOGIA

LIÇÃO DE ECOLOGIA
No Super mercado, o caixa me disse:
O Sr. deveria  trazer suas próprias  sacolas  para as compras, uma vez que sacos  de plástico  não são  amigáveis  ao meio ambiente:  Pedi desculpas  e disse-lhe:  Naquela época ignorávamos  onda verde  e  participação ativa  nos usos e costumes. Minha  geração  não  se preocupou  adequadamente com o meio ambiente. As garrafas de leite, de refrigerante  e cerveja eram devolvidos aos fornecedores. Estes as mandavam de volta aos fabricantes, onde eram lavadas e esterilizadas antes do reuso. Eles usavam essas garrafas  por infinitas vezes. Portanto, realmente  não nos preocupávamos   com  o meio  ambiente. Subíamos  as escadas, porque não  haviam  escadas rolantes   nas lojas e  nos  escritórios. Caminhávamos até o comércio ou  íamos de  Bonde para isso, não  usando "nosso carro" de 300 HP. Mas você está certo, nós não nos preocupávamos com o meio ambiente.  Até então, as fraldas  de  bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. As  roupas eram secas  nos varais dos quintais  não  nas  máquinas bamboleantes de vários watts. A energia  solar e eólica é que  realmente  secavam nossas roupas. Os filhos menores usavam  as  roupas que  tinham sido  de seus irmãos  mais velhos,  não  roupas  sempre  novas  e  de  grife....  Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente naqueles dias. Naquela  época  só  tínhamos uma TV  ou rádio   em  casa e não uma TV   em cada quarto.    E a TV  tinha  uma  tela do  tamanho  de  uma folha   A4  e  não  um  telão  do  tamanho  da   parede  e  descartada a cada ano.  Nas cozinhas, os  bolos, omeletes  e afins  eram batidos com  as mãos, pois não existiam  as batedeiras  elétricas, que fazem tudo sozinhas.  Quando  embalávamos  um objeto  frágil    usávamos  jornal  amassado e  não plástico bolha ou similar que duram séculos para  degradar.  No "meu tempo"  não se  usava  motor  para cortar a grama, era mesmo no tesourão que exigia músculos. Nossos exercícios não dispunham de esteiras elétricas...mas  você tem razão, não nos preocupávamos com meio ambiente.  Bebíamos diretamente  da  biquinha  quando estávamos   com  sede, em  vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora  lotam os mares. As  canetas recarregávamos com  tinta quantas  vezes  fosse  preciso usando um tinteiro. Você alguma  vez já viu um tinteiro? Na verdade não tínhamos uma onda verde naquela época. Tomávamos Bonde ou  Ônibus  e as crianças  iam em suas bicicletas ou a pé  para a escola, pois  não usavam serviço de táxi 24 horas. Não usávamos GPS   para receber  sinais via  satélite, só para  encontrar  a pizzaria mais próxima.    Para   finalizar:  Que  época  é  a mais  correta,  ética   e respeitadora do meio ambiente? Pense nisso, opine.
NOTA: O texto acima foi por  mim  adaptado  e  abrasileirado de outro  recebido  via Facebook,  enviado por José Márcio Martins,  de Paris onde reside.
COMENTÁRIO:  Tudo que o texto diz é verdade, porém é a verdade daquele   tempo.  Meu  ponto de  vista:  Tendo  vivenciado  aquela época e  vivenciando a atual, conclui que a atual é indiscutivelmente melhor,  mais salutar e mais  benéfica  ao meio ambiente e consequentemente à toda humanidade. Na  verdade não usávamos todas essas inovações simplesmente porque não as conhecíamos e   não para preservar o meio ambiente. "Naquela "época" morria-se  facilmente e  sem saber  o  motivo.  Era comum  uma família  perder um filho nos primeiros anos de vida. Tínhamos  de maneira  generalizada,  nos  centros urbanos entre outros males: Tifo, Diarreia, Peste Bubônica, Crupe, Mal de Hansel, Tuberculose,  Sífilis, Varíola,   Malária,  Coqueluche,  Febre Amarela,   Peste Negra, Polimielite, Caxumba, Catapora, e outras tantas.  Os ambientalistas de última hora, não tendo vivido aquele passado, e  não  tendo  pesquisado   são  radicais e unilaterais  em  suas conclusões.   Na verdade é fundamental  que para emitirmos conceitos do "certo ou errado" deveremos primeiramente pesquisar  como  ocorreram  os fatos em  épocas anteriores  e suas consequências (vale salientar que há testemunhos vivos e eu sou um deles).  Os ambientalistas   contemporâneos  entre  outras,   condenam   o uso atual de sacos  plásticos para o  recolhimento e  coleta do  lixo domiciliar e outros.   Desconhecem  as consequências advindas da maneira de coleta  de  lixo  domiciliar  adotada no passado.  O  lixo  domiciliar era  acumulado  em  latões  que eram colocados   nas portas  das casas, em dias alternados,  pois a coleta era noturna dia sim dia não.  Esses latões tornavam-se, pela natureza do lixo que se decompunha rapidamente,   em verdadeiros criadouros dos piores tipos de pragas.  Eram  Lesmas, Baratas,  Pulgões, Carrapatos, Formigas, Aranhas, Minhocas Escorpiões, Moscas, Pernilongos, Abelhas, Vespas, Ratos, Cobras, Lagartos, Gatos e Cachorros (dai o termo vira latas). Essas pragas procriavam com facilidade e contaminavam tudo ao redor levando todos os males para dentro das casas. Disso advinha a proliferação das doenças que mencionei anteriormente. Somente esse detalhe demonstra que o meio ambiente do passado era muito mais danoso ao ser humano que o atual com o "terrível uso do saco plástico". Podemos ainda adicionar que mais de 90% das embalagens de plástico disponibilizadas nos super mercados são reaproveitadas e se transformam em mini sacos de lixo. A evolução tecnológica em todas as áreas: comunicação, escolar, industrial, medicinal, educacional, pesquisa laboratorial, meio de transporte, vacinação em massa, profilaxia em hospitais, escolas, e outros, têm propiciado uma qualidade de vida bem superior a do passado, embora ainda não seja o ideal. Bem melhor que antigamente isso é inquestionável. Na década de 40 a média de vida era de 45 anos. Hoje já passamos dos  70 anos  e o próximo senso mostrará que na verdade estamos com média ao redor de 80 anos. Também toda essa evolução está provocando uma explosão populacional que já esta causando inquietação e desiquilíbrio no mundo atual... A geração contemporânea está legando às futuras todos esses enormes privilégios. Certos ambientalistas porem teimam em  apontar o dedo condenatório, acusando como responsável a sociedade atual pelo uso dos sacos plásticos descartáveis. É preciso meditar:  imaginem acabarmos com o uso dos sacos plásticos descartáveis e  passarmos a reviver aquele passado primitivo.

OSWALDO SANSONE RODRIGUES    FEVEREIRO DE 2014

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

PAGAMENTO DE IMPOSTOS TAXAS E AFINS

PAGAMENTO DE CONTAS:
O pagamento de Contas/Impostos/Taxas e afins, até as décadas 50/60 na Cidade de
 São Paulo eram feitas através de Recebedorias/Coletorias específicas , diferentemente
dos procedimentos atuais onde pagamos nossas contas através de Bancos, Casas
 Lotéricas ou Internet. 
FEDERAIS
Os tributos Federais (pessoa Física e Juridica)  eram pagos numa Coletoria existente
na Rua Xavier de Toledo. Conforme o tipo de tributo, nos comprovantes de
pagamento eram coladas estampilhas (selos específicos com valores impressos).
Carimbados"PAGO". Alguns tributos recebiam a respectiva quitação nos próprios
livros contábeis das Empresas. Eram pagos em dinheiro ou cheques bancários.
ESTADUAIS
Os tributos Estaduais, tinham o mesmo procedimento de quitação dos Federais e a
Coletoria era localizada no inicio da Avenida Rangel Pestana.
MUNICIPAIS
Os impostos municipais eram recolhidos na Recebedoria localizada na Rua São Bento.
Havia naquela época um procedimento sui-generis. No salão de recebimento existiam
vários guichês afim de agilizar os recebimentos. Num dos guichês havia um aviso
indicando a data do primeiro dia do mês , (ex. 01 de março) e permanecia assim ate o
último dia do mês corrente. Nesse guichê poderiam ser pagos os impostos taxas,
emolumentos, etc. vencidos no més porem atrasados. Esse guichê recebia os atrasados
como se estivessem sendo pagos no dia primeiro, evitando dessa maneira o pagamento
de multa. Era uma atitude simpática e humanitária por parte do Municipalidade.
CONTA DE TELEFONE
Era paga na sede da Cia. Telefônica na Rua 7 de abril.
CONTA DE LUZ
Pagas na Sede da Light localizada na rua Xavier de Toledo esquina Viaduto do Chá.
Ali também eram vendidos "Passes Escolares" Esses passes eram vendidos aos
estudantes . Esses passes custavam metade do valor da passagem paga para uso dos
Bondes e podiam ser adquiridos com a apresentação da Caderneta Escolar.
Nesse local hoje existe um Shopping Center.
CONTA DE AGUA
Na Sede do antigo Deportamento de Aguas e Esgoto, localizado no inicio da Avenida Brigadeiro  Luiz Antônio.
TAXA USO DE RÁDIO
Na década de 40, na compra de Radio de qualquer modelo, o comprador era
obrigado a preencher uma guia com seus dados pessoais.   Posteriormente
recebia via correio a cobrança de uma taxa anual para uso de radio.
PLACA PARA BICICLETA
As bicicletas deviam ser licenciadas e recebiam placa de identificação.
LINHA TELEFÔNICA
Em 1980 as comunicações eram precárias e a linha telefônica era escassa e de
custo elevado.  Sua posse era considerada como investimento. Os proprietários
eram obrigados a declarar como investimento em suas Declarações de Renda.
Haviam Empresas especializadas em comprar e vender linhas telefônocas,
inclusive com financiamento. Atualmente (2013) só em telefones celulares nosso
país possui mais de duzentos  milhões de unidades, maior portanto que nossa
população.



 

domingo, 30 de setembro de 2012

A GAROTA DA UNIBAN (editado em 9/11/2009)

                   - TEXTO EDITADO EM 09 DE NOVEMBRO DE 2009 -
(por um descuido deixei de clicar "publicar" e a crônica não entrou no blog, e ora estou corrigindo)
A GAROTA DE MINI-SAIA  -  REFLEXÕES SOBRE A REPERCUSSÃO ATRAVÉS DA
     MÍDIA SOBRE O OCORRIDO COM A GAROTA DE MINI SAIA NA UNIBAN

                                                             O ATO E O FATO
 Tivemos a oportunidade de assistir nos noticiários da TV, Jornais e internet, pronunciamentos de Procuradores(as), Juizes, Médicos, Advogados(as), psicólogos(as) e outras pessoas da população, onde todos puderam defender o direito que as pessoas têm de escolher e usar as roupas que desejar. Realmente esse direito existe e eu também concordo com ele. O que ocorre é que todos defenderam o ATO e não o FATO. Vejamos:
a) O ATO
 O que ocorreria com a Procuradora, se fosse ao Tribunal trajando um biquíni e chapelão de sol? Provavelmente sequer conseguiria entrar no prédio, sendo barrada por não estar convenientemente vestida...Porem se ela dirigir-se ao Clube nesses trajes, sequer será notada.
Se um Juiz entrar na sala de julgamento de camisa esporte e bermuda, será aceito assim vestido? Certamente não conseguirá entrar. Entretanto se for dessa maneira ao Super mercado nada acontecerá...
^Você irá a um velório fantasiado de Rei Momo? Irá a um baile de formatura de roupão de banho? O Padre conseguirá celebrar um matrimônio trajando calção?
Como reagirão, o corpo de enfermagem, o anestesista, e o paciente, no caso do cirurgião entrar no Centro Médico vestindo uma sunga, chinelo de dedo, óculos escuros e na cabaça um boné do Corinthians? Provavelmente até o paciente pularia da maca e sairia correndo do Hospital....
Como reagirá a paciente da Psicóloga se esta  recebê-la para a consulta de maiô e abrigo? Fatalmente desistirá da consulta.  Porem, se for para a praia nesses trajes, nada ocorrerá.
Imaginem uma jovem vestida de preto até aos pés, com um véu na cabeça e uma bíblia na mão, desfilando na Av. República do Líbano,  no meio das garotas de programa, que de mini-saia ou sem saia, que por lá ficam o dia inteiro? qual será a reação delas? Gritarão: A Evangélica quer nos converter...Porém se essa mesma jovem for para a avenida trajando mini-saia, nada acontecerá.
b) O FATO
Todos esses ATOS  estando fora do ambiente natural, sendo portanto incompatíveis, geraram o FATO de não aceitação pelos colegas lá presentes..  Pois foi isso que ocorreu com a Garota da UNIBAN. O seu ATO criou um FATO não aceito. Seu procedimento, para aqueles colegas, foi em local impróprio e inoportuno, não estavam contestando o traje mas o uso, segundo eles, em local inadequado. Já a mídia só focou o FATO.
Vivemos numa sociedade e nossos USOS  e COSTUMES  nos são ensinados, ou se quiserem, impostos pela maior parte da comunidade. Temos o direito, uma vez adultos, de discordar de certas posturas, mas não conseguiremos modificá-las, a não ser que apresentemos alternativas aceitas pela maioria.
Finalmente, refletindo com calma concluiremos que USOS e CONSUMES são fundamentados no bem estar da maioria , no respeito mútuo, e,  todos assim agindo viverão em mais harmonia e menos conflitos. Concluindo, a mídia só defendeu o ATO e não levou em consideração  que aquele grupo protestava contra o FATO do uso de local inadequado   daqueles trajes e não o direito de usa-los.
São `Paulo, 9 de novembro de 2009
Oswaldo Sansone Rodrigues


terça-feira, 14 de julho de 2009

COLEÇÃO DE FIGURINHAS

COLEÇÃO DE FIGURINHAS

Época : Década de 40
Na década de 40 surgiram várias opções para colecionar "figurinhas"
dirigidas principalmente para a garotada, as que mais se destacaram:
1. BALAS FUTEBOL
2. FIGURINHAS CAFÉ JARDIM
3. FIGURINHAS BALAS FRUNA

1. BALAS FUTEBOL:
Eram fotos de jogadores de futebol, dos times que disputavam o
Campeonato Paulista.Cada bala era embalada juntamente com uma
foto de um dos jogadores dos times da época.Essas fotos deveriam
ser coladas em um álbum que era distribuído gratuitamente aos
interessados. Quem conseguisse completar o álbum ganharia
um a bola de futebol, que era conhecida como 'Bola de Capotão".
Cada página do Álbum tinha o distintivo de um Clube, o nome e
posição dos jogadores titulares. O macete é que em cada Clube
havia o destaque de um jogador, considerado craque, e assim sendo
sua figurinha seria a "carimbada" ou seja, além de vir realmente
carimbada ela era difícil de sair. Dá para perceber o desespero dos
pais, com os filhos pedindo para comprar mais balas e quase nunca
saía uma "Figurinha Difícil".Cada página do Álbum vinha com nome
e a posição de cada jogador e um espaço destinado a colocação da
respectiva foto. As balas eram de péssima qualidade e iam quase
sempre para o lixo. Cada 5 balas custavam um "tostão" o seja
"cem réis".Com tanta garotada fazendo coleção, surgiu o mercado
de troca. Fazíamos trocas, de acordo com as faltas e sopras que
dispúnhamos. Quando uma figurinha era mais rara as trocas
poderiam ser de duas por uma e iam até dez por uma. Surgiu
também o jogo de abafa, onde as figurinhas eram colocadas pelos
disputantes, com as fotos viradas para o chão. Cada garoto batia
uma vez com a palma da mão sobre as figurinhas de maneira que
virassem para cima. As viradas eram ganhas ....
Os Clubes da época eram São Paulo, Palestra Itália, Corinthians,
Portuguesa de Desportos, Juventos, Ipyranga e SPR, da capital,
Santos, Jabaquara e Portuguesa Santista, da cidade de Santos,
Ponte Preta e Guarany da cidade de Campinas.

2. FIGURINHAS DO CAFÉ JARDIM
As figurinhas do Café Jardim, eram distribuídas gratuitamente e
vinham dentro do pacote de meio quilo, do café moído. Eram na
verdade estampas e representavam todos o tipos de aeronaves
existentes na época. os vários balões e dirigíveis os primeiros aviões
como o 14 Bis, vários caças da primeira grande guerra, aviões
de carga, todos com motores convencionais a hélice.O mais famoso
era o Juncher trimotor de fabricação alemã. Nessa coleção havia
também a "Figurinha Difícil"....e é ai que está o fato notório...
Era na década de 40, não eram conhecidos os turbo hélices, motores
a jato e super-sônocos, e a figurinha chamava-se "Viagem a Lua"
o desenho mostrava uma paisagem árida e no centro um foguete
(como hoje o vemos nas fotos) na horizontal com o se estivesse
alunizando.....Parece incrível, mas mais uma vez, estávamos
presenciando nossos antepassados prevendo o futuro.
Meus contemporâneos ainda vivos facilmente se recordarão desse
nostálgico passado.

3. FIGURINHAS BALAS FRUNA
As figurinhas das balas vinham na embalagem, como brinde, tinveram
pouca repercussão. Eram fotos de artistas do Cinema da época

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

ZEPPELIN

ZEPPELIN
Em 1936, eu tinha 5 anos,morava com meus avós no Bairro do Paraizo. na Rua Artur Prado. Estávamos todos almoçando, acredito que deveria ser um Domingo, pois estavam todos á mesa; meus avós maternos, minha mãe, minha irmã e todos meus tios ...éramos onze pessoas. O almoço estava quase no fim. De repente, um forte barulho de motor vindo do céu. Meus tios gritaram: é o Zeppelin, saíram correndo para o quintal. Na mesa ficaram meu avô Nicola e ao seu lado eu. No centro da mesa havia uma fruteira com figos de Valinhos. Meu avô me disse em dialeto Napolitano; menino vem cá, quem dorme não pega peixe, e foi descascando os figos e passava um para mim e comia o outro, até acabar com a fruteira. Ai me pegou pela mão e disse vamos ver o ZEPPELIN....

terça-feira, 7 de agosto de 2007

GASOGÊNIO

























NA ERA DO GASOGÊNIO
Tempo Histórico - Segunda Guerra Mundial Tempo Cronológico -
Fim da decada de 39 inicio de 40.
Durante a Segunda Guerra Mundial, nosso País, tendo participado
desse conflito passou por uma série de dificuldades. Entre outras,
foi a falta de combustíveis. Na época o Brasil importava todos os
combustíveis. O governo não teve outra alternativa, e, implantou
e racionamento e controle de sua venda e uso. Com essa medida
somente os veículos de transporte coletivo, fretes e prioridades
especiais, como ambulâncias, e bombeiros é que podiam comprar
combustíveis. Com isso todos os veículos de uso particular, como
automóveis, motos, barcos etc. foram literalmente para os
cavaletes. Esses veículos foram colocados sobre suportes de
madeira, enfim não podiam mais ser usados. Como não podia deixar
de ser, acabou surgindo uma alternativa para substituir a gasolina,
no acionamento desses veículos. Passou-se a usar o gás gerado
com a queima do carvão (tanto o de origem vegetal como o
de origem mineral). O aparato era chamado de GASOGÊNIO.
Tratava-se de um sistema onde havia uma fornalha para a
combustão do carvão. O gás gerado passava por um tubulão vertical
em formato de serpentina e, daí levado para o carburador do veículo.
O carburador também sofria uma adaptação para receber e explodir
o gás, acionando os pistões. Todo esse conjunto era instalado na parte
traseira do veículo, junto ao para-choques. O aspecto era grotesco,
dado o primitivismo da tecnologia aplicada,mas os veículos
rodavam, embora bastante lentos. Meu avô, Nicola Sansone, era
proprietário de uma metalúrgica e fabricava, entre outros produtos,
toda a linha de metais sanitários e aquecedores a gás para agua de
banheiros. Este último produto sofreu um encalhe em consequência
do racionamento do gás de hulha, que também era importado.
O espírito empreendedor de meu avô, o levou também a fabricar
"GASOGÊNIOS". A marca era NISAN (hoje lembra marca de
automóvel), que vinha da junção do nome dele, onde NI era de
Nicola e SAN de Sansone.Essa iniciativa, na época o livrou de
uma possível quebra, pois a linha de aquecedores caiu quase
a zero. Atualmente, reclama-se que uma viagem ao litoral, nos
feriados, chega a demorar de 4 a 6 horas. Na época., para ir
para Santos, pela Estrada do Mar, demorava esse mesmo tempo,
e não havia congestionamento...Parava-se varias vezes,
durante a viagem, para abastecer a fornalha com carvão.
Havia até pontos de venda de carvão, ao longo da estrada. Eram
os postos de Abastecimento da época. Mesmo com toda a dificuldade
que na época a população foi obrigada a suportar, deixa em mim,
ao rememorar esses momentos, uma alegre nostalgia.

Na foto, um Ónibus equipado com Gasogênio.
OUTROS FATOS HISTÓRICOS
Em 1940 o governo, através de decreto, confiscou todos os bens
de Italianos, Alemães e Japoneses. Em decreto complementar
permitiu que as Metalúrgicas, Industrias e Estabelecimentos
Comerciais desses estrangeiros, quando houvessem descendentes
brasileiros, estes poderiam gerir esses bens, porém não poderiam
vendê-los. Meu avô, sofreu com esse golpe moral e faleceu
prematuramente aos 54 anos, em 11 de Fevereiro de 1941.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

CEMITÉRIO PARA CÃES E GATOS

CEMITÉRIO PARA CÃES E GATOS

Na década de 40, onde hoje está o Parque Ibirapuéra, a área era um grande Eucalipital.
Começava logo após a rua Tutoia, e se alongava até a av. Santo Amaro, que na época chamava-se Estrada de Santo Amaro. Essa área era imensa. sem qualquer edificação.. Onde hoje esta a sede do Segundo Exercito era a sede o grupo de cavalaria do CPOR. Não existiam o Conjunto Desportivo, o Clube Militar, Assembleia Legislativa, O lago, enfim nem uma benfeitoria. Essa Grande Área era cortada por uma única pista simples que seguia em direção ao "Campo de Aviação de Congonhas". No lado esquerdo dessa pista, onde hoje está o Viveiro Manequinho Lopes, existia o "Cemitério de Cães e Gatos". Lá eram enterrados os cães e gatos de estimação. Havia túmulos de granito inclusive com esculturas de cães e ou fotos dos animais lá enterrados.
Esse local foi desativado,quando começou a ser construído o atual Parque, que foi inaugurado em 1954 em Comemoração ao Quarto Centenário da Cidade de São Paulo.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

MEU BAIRRO - MINHA RUA

"MEU BAIRRO MINHA RUA -
OUTROS DETALHES DA PROVÍNCIA "
Tempo Cronológico - Década de 40/50 - Bairro Paraíso -
Rua Carlos Steinen - travessa da Rua Abílio Soares.
Coleta de Lixo - O lixo era recolhido por carroções puxados por
quatro burros. Esses carroções faziam o recolhimento a noite. Eram
colocados, pelos moradores latões com o lixo, nas portas das casas.
Os coletores despejavam o conteúdo no carroção e deixavam os
latões, nas portas. As ruas eram pavimentadas com paralelepípedos
(macadames). Os Carroções de Lixo, tinham rodas de carroça, ou
seja, eram de madeira com um arco de metal em sua volta. Os
burros tinham ferraduras. Ainda tenho na memória, o ruído
característico que provocavam esses carroções, quando
as suas rodas e as ferraduras dos burros, batiam no pavimento
de macadame das ruas.
Padeiros e Leiteiros- O pão de cada dia, era entregue pelos
padeiros, que faziam a entrega, de madrugada de porta em porta.
As suas Carroças tipo "trolei". Deixavam os pães, na quantidade
anteriormente combinada, nas portas, janelas ou caixas apropriadas.
É incrível, mas não roubavam. Quer dizer, os garotos as vezes
aprontavam fazendo uma, digamos "apropriação indébita " e não
posso jurar que não fiz parte dessa traquinagem. No final de cada
mês, o padeiro que nos atendia, vinha mais tarde, pois vinha receber
a conta do mês. Nesse dia, as crianças de cada família (eu fazia parte
desse grupo) ficavam todas ouriçadas pois, ao receber a conta do mês
o padeiro distribuía pães doces de graça. O mesmo procedimento era
feito pelos entregadores de Leite. O leite era embalado em litros de
vidro de formato típico.
Tripeiros - Passavam diariamente, também em suas carroças
'Trólei" vendiam miúdos de boi - fígado - coração - tripa e afins.
Cabriteira - Diariamente, passava a cabriteira, que oferecia leite
de cabra tirado na hora. Era uma senhora portuguesa,vestida
totalmente de preto, inclusive o lenço na cabeça. Tinha na mão,
uma especie de cajado, onde se apoiava e controlava as cabras.
As cabras, cerca de 10 a 15, tinham sinos presos nos seus
pescoços, fato que provocava um barulho característico
que anunciava a sua chegada.
Mascate - Semanalmente, passava o 'mascate" normalmente um
emigrante árabe, e trazia toda a variedade de armarinhos,
oferecendo-os de porta em porta. Vale deixar registrados que muitos
desses emigrantes,com seu esforço e tenacidade, deram origem a
vários impérios textís de hoje.
Outros Vendedores - Passavam vendedores de frangos e ovos,
verduras e frutas com seus balaios cilíndricos e típicos. Havia o
homem do Realejo, que vendia a sorte, tirada por um periquito,
e tocava o realejo. Passava o "dilim-dilim" que vendia biju.
GELADEIRAS
As geladeiras da época, não eram elétricas ((refrigeradores)
eram mesmo Geladeiras. Com formato parecido com os atuais
refrigeradores, eram de madeira e forradas de chapas de zinco.
Na parte superior, onde hoje situa-se o freeser, havia um espaço
onde eram colocadas as grandes pedras de gelo. Essas pedras
duravam aproximadamente 24 horas e conservavam os alimentos
gelados. As pedras de gelo eram entregues diariamente por caminhões
apropriados. Esse serviço de venda e entrega de gelo era realizado
pela Companhia Antartica. Os refrigeradores apareceram em 38/39.
As marcas eram GE - Leonard - Frigideire.

SÃO PAULO SEM MONUMENTOS

" SÃO PAULO SEM MONUMENTOS"

Na década de 30, tendo São Paulo "Perdido a Revolução Constitucionalista ", como humilhação o Governo da Ditadura de Getúlio Vargas mandou, através de seu interventor Adhemar de Barros , retirar todos os Monumentos e Bustos de Paulistas Ilustres que existiam nas Praças e Logradouros de São Paulo. Todos foram recolhidos aos depósitos da Prefeitura, e só permaneceram nos locais suas Bases e Pedestais, até as Placas de Bronze foram retiradas. Na época ainda não existia o famoso monumento do Ibirapuera, aos Bandeirantes, hoje com o apelido "Deixa que eu Puxo". O único Monumento que restou foi o da Independência do Brasil, no Ipiranga, por ser referente ao Brasil e não somente a São Paulo.
Nossos jornais passaram a ser Censurados, nossa Bandeira Paulista (a querida de 13 listras) foi queimada em praça Pública, somente para humilhar os Paulistas, e proibida de ser exibida. Ainda os agricultores Paulistas foram proibidos de plantar cana de açúcar, e as safras de Café, eram parcialmente queimadas, sem qualquer indenização aos fazendeiros proprietários. Eu fico impressionado, é incrível ,mas fatos de nossa história, ficam somente em versões. Enquanto os contemporâneos como eu, ainda vivos lembrarem de deixar registrados estes fatos, ficará a esperança que nossos filhos e netos, passarão esses depoimentos a seus descendentes e interessados na nossa verdadeira história.
Ainda bem que Paulistas Ilustres, passada essa fase, reinstalaram todos nossos monumentos, restaurando e enaltecendo nossa dignidade. Ao lerem esta passagem histórica, os jovens de hoje
poderão ficar surpresos e acharem o procedimento absurdo, mas era assim mesmo. Há outros exemplos de perseguição também em outros estados como o Rio Grande do Sul. Bahia e Pernambuco. Mas os relatos só registram as versões. Houve naquela época um Departamento Federal denominado DIP Departamento de Imprensa e Propaganda , que prendia e sumia com os opositores de Getúlio Vargas. Pois é isso, as atrocidades de que hoje se fala, praticadas pela última ditadura militar, não foi novidade, mas repetição.. Ainda, pouco se comenta sobre o suicídio de Getúlio Vargas, que quando se viu acuado e precionado a renunciar, face aos escândalos que afloravam por todos os lados sobre corrupção no seu governo, optou por se matar... E ainda escreveu, antes do tiro fatal "A meus inimigos deixo o legado de minha morte"
Provavelmente imaginou uma revolta popular - mas nada disso aconteceu. Pois é isso, repedindo: Tudo que hoje vemos e lemos sobre nossos políticos, não é novidade é REPETECO.
OURO PARA O BEM DE SÃO PAULO
Durante a revolução constitucionalista foi lançado pelos paulistas a campanha "OURO PARA O BEM DE SÃO PAULO", quando os residentes em São Paulo foram convocados a doarem seus objetos de ouro ou preciosos para fimanciar a fabricação de armas e subsidiar a compra de suprimentos aos combatentes. Quem fizesse a doação de alianças, recebia em substituição uma aliança de ferro. Lembro-me que meus avós e parentes usavam essa aliança de ferro.

terça-feira, 3 de julho de 2007

PREFEITO " GRAVATA BORBOLETA"

PREFEITO "GRAVATA BORBOLETA"

Na década de 60, São Paulo teve um Prefeito cujo nome era Vladimir de Toledo Piza,
cuja característica pessoal era usar gravata borboleta. Visando perpetuar sua passagem pela Prefeitura, mandou construir, na Praça da Bandeira, um lago artificial em formato de uma enorme Gravata Borboleta. A bucólica Praça da Bandeira, daquela época, tinha chafarís para animais de tração (muares) tomarem água, um grande lago gravata borboleta, e o Teatro de Alumínio (Teatro de vedetes). Esse teatro foi construído por Adhemar de Barros , que também, foi Prefeito (nomeado) de São Paulo e posteriormente Governador eleito. Anteriormente, na década de 30 foi interventor no Estado de São Paulo, nomeado pelo então ditador Getúlio Vargas, pois nosso Estado estava sob intervenção federal em consequência de havermos perdido a batalha na Revolução constitucionalista. Adhemar de Barros acabou sendo cassado pelo Castelo Branco através do AI-5.
Ainda, a Praça da Bandeira era o ponto final das linhas de Bondes - Jardim Europa e Jardim Paulistano . Tinha dois famosos hotéis - top da época - o Hotel São Paulo e o Hotel Grão Pará. Não existiam - a Avenida 23 de Maio -O famoso Edifico Joelma e o Prédio da Câmara de Vereadores. Hoje, a antiga Praça da Bandeira, é somente um feio terminal de Ónibus. Até o Grande Mastro com nossa Linda Bandeira Paulista, simplesmente sumiu......
Adendo: finalmente em fevereiro de 2008 a Prefeitura reinstalou o famoso mastro e nele hasteou a Bandeira Brasileira com cerca de 200 metros quadrados

ORGANIZAÇÃO SHINDÔ-REMEI

ÉPOCA : SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
DÉCADA 40 - ANO 1943
ORGANIZAÇÃO TERRORISTA SHINDÔ REMEI
Na década de 40, em plena Segunda Grande Guerra Mundial, São Paulo tinha ao redor de 880 mil habitantes.Era uma cidade provinciana, a segunda do Brasil, em população, sendo a Cidade do Rio de Janeiro a primeira, com um milhão de habitantes, e na época era Distrito Federal e
a Capital República. Nosso País participava também dessa guerra, pois teve vários de seus navios atingidos por torpedos e afundados. Em função disso declarou guerra ao eixo formado
por (Alemanha-Itália-Japão). Os principais países "Aliados" contra o "eixo" foram França, Inglaterra, União Soviética, na Europa. Paralelamente os EE.UU. Canadá, Brasil, Austrália e outros, também entraram nesse conflito. O fato de estarmos em guerra, tornou São Paulo ainda mais provinciana ruas vazias (racionamento de combustíveis). Havia falta de tudo. Forte racionamento e muito mercado negro. Para comprar certos alimentos, eram distribuidos a cada família, vales-compra específicos, limitando as quantidades pelo número de membros . Eu na época, tinha pouco mais de 10 anos. Morava no Bairro do Paraiso Na casa vizinha, do lado direito, morava uma família de japoneses. Certa noite do mês de Junho, por volta das 22 horas, eu estava nos jardins da casa, de olhos nos céus, na esperança de ver algum balão caindo,e, ir atrás dele. Naquela época não era proibido soltar balões. Subitamente chegaram 4 carros de Polícia, sendo um para levar presos. Desceram cerca de 10 policiais, cercaram e invadiram a casa dos japoneses. Prenderam cerca de 20 japoneses. Eles foram saindo em fila indiana, todos algemados, e foram colocados no carro de presos. Fiquei apreciando todo esse aparato, junto ao portão de minha casa. Aproximou-se de mim, um policial, e me perguntou. O que você está fazendo fora de casa as 10 horas da noite? - Disse-lhe que estava esperando os balões caírem, para ir atrás. Aproveitei a oportunidade e perguntei ao policial, o que estava acontecendo na casa do vizinho. Ele primeiramente me disse para que eu não saísse na rua naquele momento pois poderia ser perigoso. Em seguida me explicou: Os moradores da casa, haviam dado parte na polícia, informando que estavam sendo obrigados, por um grupo de patrícios fanáticos e espiões, a deixar que instalassem na casa um Rádio Transmissor. Eles pretendiam com isso, fazer contato com navios japoneses que passassem pelo litoral de Santos. Tratava-se de um grupo de fanáticos chamado de SHINDÔ-REMEI, e que estavam sendo presos e levados dali. Quando entrei de volta para dentro de casa, narrei o ocorrido, e, meus familiares não acreditaram. Somente, no dia seguinte, quando a notícia saiu nos jornais è que confirmaram o que eu havia contado.

SERVIÇO PRÉ-MILITAR

SERVIÇO PRÉ-MILITAR
Tempo Histórico - Segunda Guerra mundial
Tempo Cronológico - Década de 40 ano 1943

Em 1943, eu tinha 12 anos, cursava a segunda Série, do curso Ginasial, no Colégio do Carmo, que pertencia a Congregação dos Irmãos Maristas. Esse colégio estava localizado na Rua do Carmo, que é a primeira travessa da Av. Rangel Pestana. O Colégio não existe mais, foi demolido, só ficou a Igreja. A paisagem do local era totalmente diferente. A Praça Clovis Bevilaqua, onde começa a av. Rangel Pestana, não tinha o tamanho e formato atual, era bem menor e separada da Praça da Sé por um quarteirão. Já existia no local o Quartel do Corpo de Bombeiros.
Na Segunda Série do Curso Ginasial, estudávamos, entre outras matérias, Inglês, Francês, Latim e Espanhol. Tínhamos ainda aulas de Religião e Educação Física. As aulas de Educação Física eram obrigatórias e recebíamos notas. Estando o Brasil em Guerra, o governo instituiu o " Serviço Pré Militar", que substituindo as aulas de Educação Física, passaria a ser ministrado a todos os jovens do sexo masculino, com idade entre 11 e 15 anos, que estivessem cursando o Ginasial. Com isso passamos a ter aulas ministradas por Oficiais do Exército (oriundos do CPOR) que nos ensinavam, além de Educação Física, Armamento, Defesa, e Sobrevivência. Nossos exercícios eram feitos na baixada que existia logo após a Igreja, e se alongava até o Rio Tamanduateí. Todo esse espaço era uma grande várzea, e chamava-se Várzea do Carmo. Hoje a Várzea Do Carmo é outra e fica no Rio Tietê. É irónico, mas nessa grande área não eram permitidas edificações, pois todos os anos, alagavam na época das chuvas. Hoje temos enchentes, e, acusamos todo o mundo, nos esquecendo que nós é que invadimos o espaço que pertencia ao rio. Voltando ao Serviço Pré-Militar ele teve a duração de um ano os momentos culminantes desse curso foram: Desfile no dia 7 de Setembro, que ocorreu na Avenida São João, e no fim do ano recebemos em solenidade, realizada no Pátio da Escola, nosso Certificado do Serviço Pré-Militar. Disso tudo resultou que a guerra acabou em 1945 e, todo os jovens da época, que receberam esse Certificado, por ocasião do tradicional Alistamento Militar Obrigatório, eram dispensados, recebendo automaticamente o Certificado de Terceira Categoria, que equivalia ao que era entregue aos que faziam o antigo Tiro de Guerra. Hoje, fazendo esta narrativa, foi para mim muito agradável, pois fui revivendo momentos do passado, como se lá ainda estivesse.